domingo, 1 de abril de 2018

Feliz semana.Abril chegou!


O ANTAGONISTA

           TORCEDOR NÚMERO 1

O jejum de Dallagnol pela prisão de Lula
O procurador Deltan Dallagnol, favorável à manutenção da jurisprudência do STF sobre prisão após condenação em segunda instância, escreveu no Twitter que estará de jejum na quarta-feira, 4 de abril, dia do julgamento do HC de Lula na Corte.
“4ª feira é o dia D da luta contra a corrupção na Lava Jato. Uma derrota significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo país, jamais serão responsabilizados, na Lava Jato e além. O cenário não é bom. Estarei em jejum, oração e torcendo pelo país.”

       AGORA DURMA COM UM BARULHO DESSE!

O “mecanismo” fez José Padilha ver direita onde não há
Em artigo na Folha, o cineasta José Padilha afirma que a corrupção é o mecanismo estruturante da política e da administração pública no Brasil, incluindo as cortes judiciais constituídas por indicações.
Para ele, é inegável que os grupos de Michel Temer e de Lula se beneficiaram do mecanismo, termo que dá nome à sua nova série.
Padilha busca então analisar “o motivo para os violentos e desonestos posts que alguns formadores de opinião de esquerda dispararam contra os atores e autores” da obra.
“Para entender sua natureza, precisamos olhar o que ocorreu com a opinião pública pós-Lava Jato.
Sabendo que O Mecanismo existe, podemos afirmar que:
a) Se a nova lei de delações premiadas tivesse sido sancionada com o PSDB no poder, os políticos denunciados teriam sido Aécio, Serra e FHC. Mas, como a lei foi sancionada com PT e PMDB no poder, os políticos denunciados foram Palocci, Lula, Cunha, Cabral e Temer.
b) A mídia de direita usou essa contingência histórica para atacar a esquerda, como se a direita não fosse corrupta.
c) O PT usou essa contingência para acusar a Lava Jato de partidarismo, como se não fosse inevitável que petistas fossem pegos primeiro, dado que estavam no poder.
Criou-se, assim, um ambiente irracional e polarizado, em que o dogmatismo ideológico da esquerda radical e o cinismo pragmático da direita fisiológica passaram a trabalhar juntos para negar o inegável, o fato de que todas as lideranças políticas dos grandes partidos brasileiros são corruptas.
Hoje, vemos os formadores de opinião de esquerda e os membros da direita fisiológica de mãos dadas, pressionando o STF para cancelar a prisão após condenação em segunda instância. Afinal, para a esquerda isso garantiria a impunidade de Lula; para a direita, a de Aécio, de Temer, de Jucá… O mecanismo, é claro, agradece.
Confesso que esperava mais dos formadores de opinião da esquerda. Pensei que em algum momento da história fossem acordar do estupor ideológico e ajudar pessoas de bem na luta contra o mecanismo que opera no mundo real, em vez de se associar a ele para lutar contra o mecanismo exposto na Netflix.”
Padilha, aparentemente, acordou do estupor ideológico de esquerda. Só não se livrou ainda do ranço de chamar PSDB e PMDB de “direita”, só por estarem – de centro-esquerda a centro – à direita do PT.
O estatismo tucano que levou Gustavo Franco a deixar o PSDB, a “ênfase na questão redistributivista” apontada por Edmar Bacha, as frequentes reafirmações de esquerdismo por parte de FHC, José Serra, Aloysio Nunes e do próprio Aécio, além da distância de todos eles do conservadorismo nos costumes (FHC defende a liberação das drogas e o desarmamento, por exemplo) são amostras do erro de Padilha.
Os acenos do governo Temer às privatizações, depois de 14 anos de aliança espúria com o PT no fisiologismo e no aparelhamento do Estado inchado terem resultado em grave crise fiscal, tampouco fazem do PMDB um partido de direita, especialmente se compararmos com o Partido Republicano dos Estados Unidos, por exemplo.
A direita democrática – liberal e conservadora – ainda é incipiente no Brasil e vem se manifestando mais intelectualmente em livros e na internet do que no espaço político, onde tem na disputa presidencial deste ano, até o momento, apenas três alegados representantes, sem qualquer mancha de corrupção em seus currículos, mas, mesmo assim, questionados por alas da própria direita por não ser tão liberal em economia (Jair Bolsonaro), nem tão conservador nos costumes (João Amoêdo), nem tão conhecido pelo liberalismo e pelo conservadorismo que agora professa (Flávio Rocha).
Padilha não precisa dizer que a “direita” brasileira é corrupta, muito menos reconhecer a existência de uma grande “mídia de direita” (cujos supostos veículos ele não cita nominalmente), para demonstrar sua imparcialidade ideológica no combate à corrupção.
Só demonstra, assim, sua prestação de contas à esquerda corrupta, que falseia as premissas do debate público e ataca ele próprio e sua obra.
(Felipe Moura Brasil)

PARECE QUE JAIR, ESTÁ MESMO INCOMODANDO! NOSSA!

Bolsonaro “foi o maior adversário do Plano Real”, diz Edmar Bacha
Um dos formuladores do Plano Real, o economista Edmar Bacha também falou ao Estadão sobre a candidatura de Jair Bolsonaro.
“Fico contente de finalmente termos uma direita assumida como adversária. O PSDB foi jogado na direita por oposição ao PT, mas sempre teve a questão social como ponto fundamental de sua atuação política e a ênfase na questão redistributiva. Nós fizemos reforma na educação com o Bolsa Escola, que é o embrião do Bolsa Família. Fizemos o Plano Real, que beneficiou fundamentalmente a classe assalariada.”
E mais:
“É muito difícil saber por que o Bolsonaro aparece como uma espécie de Trump. Não se sabe no que acredita, o que fará em relação ao que está dizendo. O passado dele o condena. Foi o maior adversário do Plano Real. Quando eu estava no governo, toda vez que íamos no mesmo voo para Brasília, ele vinha na fila me xingando e dizia que ia matar o Fernando Henrique. Essa é a figura verdadeira do Bolsonaro, que agora ganhou certo prestígio pela questão premente da segurança. Ele é um homem de uma agenda só. Paulo Guedes é uma diversão lateral, com quem ele tenta abanar as elites.”
E a “ênfase na questão redistributiva” é o modo tucano de abanar os pobres?


“Há no STF quem seja notório pelo pouco saber jurídico e quem tenha, impunemente, transgredido a lei”
A mesma Constituição que deu ao STF um caráter excepcional – sem qualquer forma de controle efetivo por parte dos demais Poderes – é aquela que concede aos representantes do povo o poder de interferir na qualidade da Corte, registra o Estadão em editorial.
“Basta que o Senado exerça bem sua função de aprovar ou recusar os candidatos apresentados pelo presidente da República para as vagas no Supremo, exigindo deles notório saber jurídico e reputação ilibada. E isso, simplesmente, não tem sido feito.
Pode-se atribuir parte da atual crise institucional, portanto, ao desleixo do Congresso, que deixa de fazer sua parte quando permite que as vagas do Supremo sejam preenchidas por candidatos que simplesmente não satisfazem os requisitos mínimos para integrar o principal tribunal do País. Há lá quem seja notório pelo pouco saber jurídico, da mesma forma como há quem tenha, impunemente, transgredido a lei até dizer chega. O resultado está à vista de todos.”
PLACAR NO STF AINDA INDEFINIDO. INCÓGNITA! HAJA PRESSÃO
Jurista de Lula tenta fazer casuísmo do STF soar normal
A defesa de Lula vai entregar na segunda-feira aos ministros do STF parecer de José Afonso da Silva contra a prisão após condenação em segunda instância, informa a Folha.
A alegação de que Afonso pediu a renúncia de Dilma Rousseff em 2015 está sendo usada para conferir a ele ares de imparcialidade.
O jurista sustenta que “ou a presunção vale até o trânsito em julgado, ou não vale – não há meio termo possível” – e que um tribunal só se apequena quando vai contra a lei.
365 - 88 = 277 - OS FINAIS DE SEMANA(48) = 229 DIA TRABALHADOS PELOS SENHORES MINISTROS E DEMAIS MAGISTRADOS
As 88 folgas dos ministros do STF
Um conjunto de regras editadas durante e entre as ditaduras do Estado Novo (1937-1945) e militar (1964-1985) permite que os 11 ministros do STF tenham 88 dias de descanso ao ano, além dos sábados e domingos, norma que se estende a todos os magistrados, segundo a Folha.
A retomada da sessão de julgamento do HC de Lula, interrompida após Marco Aurélio Mello anunciar uma viagem para o Rio de Janeiro, não ocorreu no dia seguinte, uma sexta-feira, porque os ministros não fazem sessões às segundas nem às sextas.
“O julgamento também não foi marcado para a semana seguinte. Lei de 1966 estabelece que, diferentemente da maioria da população, cuja garantia de folga se resume à Sexta-Feira da Paixão, a Semana Santa dos juízes engloba a quarta e a quinta.
Como as sessões plenárias do Supremo ocorrem apenas às quartas e quintas, marcou-se o julgamento do caso Lula para a semana posterior, no dia 4 de abril.
Os ministros e demais juízes do país têm direito a 60 dias de férias ao ano. No caso do Supremo, elas acontecem em janeiro e julho. Para cada um desses períodos, os 11 ministros recebem duas vezes o adicional de um terço do salário (R$ 11.254, para um salário de R$ 33.763), totalizando R$ 22,5 mil ao ano.”
A lentidão do STF está explicada.



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