segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Revendo alguns fatos de 2017...

O ANTAGONISTA



     Carminha, a Minerva conturbada
Brasil 25.12.17 10:00  

Cármen Lúcia, presidente do STF, até que começou o ano bem.
Teori Zavascki, o relator da Lava Jato no Supremo, morreu no dia 19 de janeiro, deixando por homologar a delação da Odebrecht.

Rodrigo Maia: aos tapas e beijos com o Planalto  
Brasil 25.12.17 09:00  

Rodrigo Maia nunca esteve tão perto da Presidência como em 2017.
Reveladas as gravações da conversa subterrânea entre Michel Temer e Joesley Batista, o mundo político e também o econômico passaram a debater a substituição do presidente — e o sucessor legal era (e ainda é) o presidente da Câmara.

Raquel Dodge: superando desconfianças
Brasil 24.12.17 20:00  

Conduzida ao cargo sob as bênçãos de José Sarney e Renan Calheiros, Raquel Dodge estreou no comando da Procuradoria-Geral da República sob suspeita de quem apoia a Lava Jato: no discurso de posse, nem sequer citou a operação que revelou o estado de putrefação do sistema político nacional; ao invés disso, a nova PGR preferiu condenar o vazamento de investigações.
As decisões seguintes de Dodge trouxeram alento para os desconfiados: ela pediu autorização ao STF para ouvir Michel Temer no inquérito que investiga favorecimento de uma empresa na MP dos Portos, defendeu as candidaturas avulsas em eleições, foi favorável a manter Joesley e Wesley Batista presos, acusou Geddel Vieira Lima de liderar uma organização criminosa, foi ao Supremo contra a decisão da Alerj de soltar Jorge Picciani e comparsas e pediu que Gleisi Hoffmann, a presidente do PT, perdesse o mandato e fosse condenada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Lava Jato.

Temer e Joesley quase voltaram a encontrar-se
Brasil 24.12.17 19:00  

A reunião secreta entre Joesley Batista e Michel Temer, no Palácio do Jaburu, no dia 7 de março, quase derrubou o presidente, ao ser revelada em 17 de maio.
Entre essas datas, Joesley tentou outro encontro — o fato foi revelado por O Antagonista e noticiado no Jornal Nacional, que dedicou uma longa reportagem sobre o furo jornalístico.
O pretexto da reunião era falar sobre a Operação Carne Fraca, que revelou irregularidades em 21 frigoríficos brasileiros.
Para tentar marcar o encontro, Joesley recorreu a Rodrigo Rocha Loures, aquele da corridinha com a mala com R$ 500 mi.
Em mensagens trocadas em um aplicativo de celular, Joesley perguntou ao então assessor especial de Temer: “Boa tarde. Será que eu consigo falar com o chefe em Brasília amanhã à noite?”
Rocha Loures se esforçou para marcar o encontro, que acabou não acontecendo porque a agenda de Temer estaria cheia.
Joesley registrou a conversa e a entregou à PGR.

Presidente do DEM: “Não há desentendimento no partido”
Brasil 21.12.17 11:30  

O Antagonista conversou com Agripino Maia, presidente do DEM, que virou réu no STF na semana passada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O senador é acusado de receber propina nas obras da Arena das Dunas.
“Acho que o prosseguimento do processo vai me dar a oportunidade de fazer os esclarecimentos e obter a absolvição. Estou absolutamente convencido disso.”
Agripino recordou que na confraternização de fim de ano da legenda, ele foi aplaudido por todos os presentes.
Geraldo Alckmin: o tucano que tenta sobreviver

Geraldo Alckmin encerra 2017 tentando sobreviver politicamente.
O seu ano foi marcado pela sombra de sua criatura, João Doria, que, empossado prefeito de São Paulo, passou a sonhar com o Planalto.

O pé-sujo de Janot

Em meio ao terremoto causado pelo acordo de delação entre PGR e JBS, Rodrigo Janot foi flagrado tomando uma cervejinha com Pierpaolo Bottini, advogado de Joesley Batista, em um boteco de Brasília.
Publicada no início da madrugada de 10 de setembro por O Antagonista, a imagem se espalhou rapidamente pela internet e foi reproduzida por vários órgãos de imprensa. Até hoje, o post recebeu mais de 1.100 comentários de leitores no site.

Geddel: o homem do bunker de 51 milhões

Geddel Vieira Lima, o “fraterno amigo” de Michel Temer, começou o ano com a PF batendo à sua porta por causa do esquema de desvios milionários na Caixa, uma parceria com Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro.
cadeia veio em julho, pela acusação de desvio de dinheiro e também pela tentativa de barrar as delações de Cunha e Funaro. Pouco depois, o regime de detenção foi convertido em prisão domiciliar.

Luciano Huck: o animador de auditório

A senha para a candidatura de Luciano Huck foi dada em março: indagado sobre as intenções de se lançar à Presidência, o apresentador disse que “não dá para responder na atual conjuntura”.
O nome de Huck começou, então, a frequentar pesquisas eleitorais (o próprio “pré-candidato” encomendou diagnósticos para avaliar suas chances) e a ser considerado uma opção por caciques como Fernando Henrique Cardoso.
De animado a desanimado, anunciou que não concorreria ao Planalto com a seguinte frase: “Contem comigo. Mas não como candidato a presidente”.

Podemos contar com ele como animador de auditório, mesmo se acabar candidato.

Precisamos de um bobo da corte presidencial

Por Mario Sabino – Publicado originalmente em 22.05.17, na nossa newsletter

Se um dia viermos a fazer uma reforma política digna do nome, sugiro que seja criado oficialmente o cargo de bobo da corte presidencial.
Gilmar Mendes, o exemplo

Gilmar Mendes é um ministro exemplar, como ficou mais do que demonstrado em 2017.
À frente do TSE, Gilmar Mendes liderou a divergência em relação ao voto do relator no julgamento da chapa Dilma-Temer de 2014: enquanto Herman Benjamin pediu a cassação da chapa por farta comprovação de crimes na campanha feita com dinheiro roubado, Gilmar votou pela absolvição e “advogou” por ela.

A delação do fim do mundo adiantada

Em 1º de março, antes de a tão aguardada “delação do fim do mundo” da Odebrecht se tornar pública, O Antagonista teve acesso em primeira mão ao conteúdo do depoimento de Marcelo Odebrecht ao ministro Herman Benjamin, no processo do TSE que terminaria por absolver a chapa Dilma-Temer, apesar das abundantes provas de crimes na campanha de 2014.
O depoimento do “príncipe dos empreiteiros” foi, de fato, devastador.

Jair Bolsonaro: acabou a brincadeira

O Brasil começou a levar Jair Bolsonaro a sério em 2017. Ele se consolidou em segundo lugar em praticamente todas as sondagens de intenção de voto.
Vende-se e é vendido como o candidato anti-Lula por excelência. Resta saber se ele vai desinflar se o petista for condenado e não se candidatar. 

Os direitos humanos de Maluf

A Comissão de Estudos de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) elaborou um relatório em que diz constatar “a violação de direitos humanos” de Paulo Maluf, preso da Papuda, informa o Estadão.
Para a entidade, o deputado tem “o direito humano à facilidade da prisão domiciliar por ser maior de 80 anos de idade” e sua esposa tem “o direito à reunião familiar com seu marido, que deve ser custodiado domiciliarmente no lar conjugal”.
O IASP recomenda que as autoridades “observem os direitos humanos dos presos”.

Não esbarrem no juiz Glaucenir

O juiz eleitoral Glaucenir de Oliveira, que acusou no Whatsapp Gilmar Mendes de receber propina para libertar Anthony Garotinho, já esteve no noticiário em 2009.
Um empresário disse que Glaucenir o ameaçou com um revólver apontado para a sua cabeça, depois de um show do Skank. Segundo o empresário, a confusão começou porque o juiz havia mexido com a sua mulher.

Glaucenir negou a história. Disse que apenas colocou a mão sobre o coldre, porque recebeu um esbarrão e uma cotovelada.

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