domingo, 30 de julho de 2017

DO ANTAGONISTA! INÍCIO DE SEMANA...

Temer x Sarney

Míriam Leitão compara no Globo a situação do governo de Michel Temer com a do governo de José Sarney, encerrado em 1990:
"Quem aposta no cenário 'sarney', um presidente impopular que permanece, tem que lembrar dois pontos.
Primeiro, em janeiro do último ano do governo, Sarney ainda tentou enfrentar a hiperinflação, o grande problema da época, com o Plano Verão. Quando ficou claro que a tentativa havia falhado, o ano já estava quase na metade, e a campanha eleitoral, na rua. Sobravam apenas alguns meses. Sarney submergiu, e o país passou a ser governado, na prática, pela equipe econômica.
Segundo, a crise fiscal agora é mais grave, e o país pode viver cenas explícitas de desgoverno, neste longo ano e meio que ainda resta."
O Brasil vive cenas explícitas de desgoverno há pelo menos 14 anos. 

Moro: "Vejo no mundo político uma grande inércia"

Do juiz Sérgio Moro, em entrevista à Folha:
"Lamentavelmente, eu vejo uma ausência de um discurso mais vigoroso por parte das autoridades políticas brasileiras em relação ao problema da corrupção.
Fica a impressão de que essa é uma tarefa única e exclusivamente de policiais, procuradores e juízes.
No Brasil, estamos mais preocupados em não retroceder, em evitar medidas legislativas que obstruam as apurações das responsabilidades, do que propriamente em proposições legislativas que diminuam a oportunidade de corrupção. Vejo no mundo político uma grande inércia."

Exclusivo: "Não vou fazer acordo com o diabo para ser simpático", diz Bolsonaro

No encerramento da conversa com O Antagonista, Jair Bolsonaro, segundo colocado nas pesquisas eleitorais, falou sobre suas chances ao disputar em 2018 a presidência por um partido pequeno como o atual PEN:
“Eu acredito que quem tiver 22% vai para o segundo turno e daí você empata o jogo. E o que é importante também é que eu não vejo isso como obsessão. Então eu acho que está na hora de contribuir com meu país. Se for vontade de Deus, estamos lá. É isso que eu penso. Não vou fazer acordo com o diabo para ser simpático e talvez conseguir sentar na cadeira dessa forma. Você senta, mas depois não governa, é muito difícil.”
Com 20,8% no último levantamento do instituto Paraná Pesquisas (no cenário com Geraldo Alckmin), Bolsonaro está próximo dos 22% que acredita ser necessário alcançar. Se contar a margem de erro, na verdade, já alcançou.

Exclusivo: "Eu sou a formiguinha contra o elefante", diz Bolsonaro

Jair Bolsonaro citou em conversa com O Antagonista as matérias do Globo e da Veja deste fim de semana sobre a repercussão e a atuação política nas redes sociais:
“O que eu senti é uma tendência em jogar mais para o [prefeito de São Paulo, João] Doria, dar uma certa ‘dourada’ no Doria, e tentar em parte desacreditar as mídias sociais. Ambas as matérias dizem que vai ser um vale-tudo no ano que vem. Mas a verdade é que a imprensa de papel, o pessoal já sabe que a credibilidade dela está sendo deteriorada a passos largos. E o negócio deles é vender papel, vender propaganda. Mas há uma tendência aí de tentar desqualificar as mídias sociais."
Em seguida, o deputado deu a sua visão sobre a sua própria ordem de grandeza na disputa pelo eleitorado, em comparação com a concorrência:

"Eu não tenho equipe nenhuma. Minha equipe é composta por um ou outro funcionário meu que trabalha depois do expediente. O PSDB tem o estado de São Paulo, tem a capital, tem ali uns 60 parlamentares entre deputados e senadores – eles têm a máquina na mão, eu não tenho nada, não tenho nem partido ainda. Não sou nem o Golias, de David e Golias. Eu sou a formiguinha contra o elefante. E chegamos aonde chegamos.” 

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