DO BLOG: A crise política institucional que se instalou no país, com todo esse imbróglio
de apuração e investigação pela Operação Lava Jato, está cada dia mais
imprevisível seu desfecho. Caso ao final, fique mais uma vez a sensação de
impunidade, para com os demais, certamente sociedade tomará rumos
inimagináveis.
Se quer, alguns discursos da tribuna do Senado Federal, na tentativa de
reencontrar um equilíbrio e um novo caminho para uma saída, tem surtido efeito.
Os nervos dos senhores Senadores e Deputados estão a flor da pele! Não seria
por menos! Quem arriscaria um ‘palpite’ sobre o ‘fim’ dessa ‘novela’!!
O Antagonista nos deixa informado sob sua ótica!
Viva
Vaccari
Os defensores de
Michel Temer, que antes atacavam apenas Edson Fachin e Rodrigo Janot, agora
passaram a atacar também Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato.
Era inevitável que
isso acontecesse.
Veja como o Estadão,
em editorial, festejou o julgamento do TRF-4 que absolveu João Vaccari Neto:
“Num momento em que
pairam acaloradas discussões sobre o papel das delações no processo penal, é
muito oportuna a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região
afirmando que colaboração premiada, sem outras provas, não basta para condenar
um réu. No caso, a 8.ª Turma, por maioria de votos, absolveu o ex-tesoureiro do
PT João Vaccari Neto, condenado pelo juiz Sergio Moro a 15 anos e 4 meses de
prisão – por considerar que não havia prova suficiente, existindo apenas
delações premiadas (…).
É preciso reconhecer
que conteúdo de delação que não foi provado não serve para nada. A decisão do
TRF da 4.ª Região talvez possa ajudar alguns a perceber que o passo seguinte à
obtenção da delação deve ser a investigação, e não o vazamento. E que nenhuma
campanha de convencimento da opinião pública substitui provas, num tribunal
honesto”.
O senso do ridículo
de Gilmar Mendes contaminou uma parte da imprensa.
REFORMA TRABALHISTA PASSA PELA CCJ
A CCJ do Senado acaba
de aprovar o parecer pela admissibilidade do projeto de reforma trabalhista: 16
votos a 9.
Agora a proposta
deverá ser analisada no plenário, o que está previsto para ocorrer na próxima
semana.
REFORMA TRABALHISTA PASSA PELA CCJ
A CCJ do Senado acaba
de aprovar o parecer pela admissibilidade do projeto de reforma trabalhista: 16
votos a 9.
Agora a proposta
deverá ser analisada no plenário, o que está previsto para ocorrer na próxima
semana.
O
passado, o presente e o futuro da PGR
A escolha de Raquel
Dodge para a PGR, como disse Andréia Sadi, foi acertada num encontro fora da
agenda oficial entre Michel Temer e Gilmar Mendes.
A imprensa elogia
Raquel Dodge, mostrando que, no passado, ela perseguiu corruptos como José
Roberto Arruda.
Mas isso é o exato
contrário do que Michel Temer esperadela.
Michel Temer e Gilmar Mendes contra a Lava Jato
Gilmar Mendes
declarou guerra à Lava Jato.
Leia um trecho do
comentário de José Casado, em O Globo:
O juiz Mendes expôs
em público aquilo que, fora do tribunal, comenta a maioria dos advogados de
defesa atuantes em 49 acordos de delação premiada que transitam no Supremo (com
413 investigados, 68 denunciados e 345 não acusados): as investigações sobre corrupção,
conhecidas como Lava-Jato, levaram a um confronto entre poderes de Estado.
“O objetivo não é
imediatamente político, a disputa é por poder”, afirmou. O juiz Mendes se diz
convencido de que o Ministério Público pretende “subjugar o Judiciário, e não
se está percebendo isso, inclusive com essas ações para amedrontar
magistrados”, disse, em referência a inquéritos sobre dois integrantes do
Superior Tribunal de Justiça.
Foi além: “O estado
policial não é figura de retórica, há ameaça, sim. Verdadeira, abusiva. Está em
formação um quadro que permite que o processo penal domine o jogo político,
complementado pelo 'tapetão' eleitoral costurado pela Lei da Ficha Limpa. As
investigações de maxicriminalidade das classes política e empresarial dão ao
Ministério Público o poder de definir os rumos políticos do país. Não se sabe
se já adentramos essa fase, mas estamos num rumo certeiro nessa direção”.
Abusando das pausas
dramáticas, elevou a voz, bateu na mesa, expressou raiva e acusou o Ministério
Público de enganar o Supremo, levando juízes a cometer um erro judiciário,
citando o caso do banqueiro André Esteves, controlador do BTG, que, na sua
versão, foi preso mesmo sendo inocente. “O preço disso foi só a quebra do
banco”, ironizou (o banco não quebrou, o principal acionista continua sob
investigação).
Em um de seus
momentos mais ásperos, perante as câmeras de televisão, Mendes, que em discurso
público já havia equiparado procuradores a bandidos, deixou-se deslizar na
crítica em tom pessoal a um ex-procurador federal que não estava presente, não
poderia ter direito de resposta e, há muito aposentado, sequer participa dos
inquéritos da Lava-Jato.
Enquanto falava, do
outro lado da praça dos Três Poderes, Michel Temer decidia a sucessão de
Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República. Escolheu Raquel Dodge,
subprocuradora, conhecida pelas posições antagônicas às de Janot. Ao mesmo
tempo, o presidente organizava sua tropa na Câmara para refutar o primeiro
pedido de autorização à procuradoria para processá-lo.
Nunca antes, tantos
demonstraram em público tanto esforço para conter os danos políticos de uma
investigação sobre corrupção. Falta combinar com a sociedade. Fonte: O Antagonista
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