Final do dia

O próximo é Lula

Depois de Antonio Palocci, o próximo é Lula.

Como disse O Globo, “as alegações finais da defesa de Palocci foram protocoladas uma semana antes das alegações do ex-presidente, cuja defesa se manifestou na segunda-feira passada”.

UM MARCO NA HISTÓRIA DO BRASIL

A sentença de Antonio Palocci é um marco.

Nunca houve algo assim na história do Brasil.

Um ministro da Fazenda e da Casa Civil foi condenado por ter participado do saque da maior estatal do país e por ter operado um esquema de propinas que fraudou a democracia e corrompeu dois presidentes da República.

Só a condenação de Lula, o comandante máximo da ORCRIM, poderá superar essa sentença.

"Sem povo nas ruas, Temer fica até 2018"

Na iminência da chegada da denúncia da PGR contra Michel Temer à Câmara, O Antagonista ouviu deputados ainda aliados do presidente.

Para definir o voto, muitos já estão fazendo "contas" em seus bases eleitorais. Um parlamentar de um dos partidos do antigo centrão, por exemplo, disse que, pessoalmente, é favorável à abertura do inquérito, mas ponderou que 25 dos 26 prefeitos que o apoiam no estado pensam diferente.

A tendência é que a maior parte das legendas não feche questão, ou seja, os deputados ficarão livres para votar como bem entenderem, com base em suas estratégias para 2018.

"Só uma mobilização nas ruas mudaria o desejo por 'estabilidade' que há hoje na Câmara. Todo mundo sabe o que Temer fez, mas o sentimento é de que ninguém quer confusão a esta altura", comentou outro deputado da base. 

O golpe de FHC na lógica e na Constituição

No artigo publicado na Folha, Fernando Henrique Cardoso diz que, se Michel Temer for saído, o seu substituto eleito indiretamente, como prevê a Constituição, não seria legítimo porque teria "o seu poder emanado de um Congresso que também está em causa".

No entanto, FHC pede a Temer que envie uma PEC ao Congresso, para convocar eleiçōes diretas para presidente antes da data prevista em 2018.

Ora, se o Congresso não tem legitimidade para seguir a Constituição, teria para mudá-la?

FHC deveria ter a grandeza de não querer dar um golpe -- na lógica e na Carta Magna.

Fonte: O Antagonista