Antes de deixar PGR, Janot
entregou delações de Queiroz Galvão e de marqueteiro de Pezão
Renato Pereira entregou operações em que governador
do Rio e Eduardo Paes foram beneficiários.
BRASÍLIA — No fim do expediente de sexta-feira, último dia útil do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no cargo, chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma montanha de processos — entre eles, a delação da Queiroz Galvão, uma das empreiteiras que se especializaram em desviar dinheiro da Petrobras para pagar propina a políticos, como revelou a Operação Lava-Jato. Também está no pacote a delação do marqueteiro Renato Pereira, que fez as últimas campanhas do PMDB no Rio de Janeiro. De acordo com fontes que tiveram acesso às negociações, o marqueteiro entregou operações que tiveram como beneficiários o atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, e o ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes.
As novas delações são extensas. Somam depoimentos e documentos apresentados pelos delatores como provas do que disseram ao Ministério Público Federal. O mais provável é que tenham sido mencionadas, nas duas delações, autoridades com direito ao foro privilegiado no STF, como parlamentares ou ministros de Estado. O foro para investigar governadores é o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Portanto, eventuais indícios contra Pezão deverão ser enviados para lá no futuro.
Os casos estão protegidos pelo segredo de justiça e não há previsão de
quando o teor virá à tona. O relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson
Fachin, ainda não analisou o material. Caberá a ele homologar ou não as
delações.
Os processos enviados por Janot ao STF no apagar das luzes do mandato estão sendo catalogados e ainda não se sabe que temas englobam. Parte dos papéis está em um cofre, por se tratarem de provas sigilosas. A previsão é de que os servidores da Corte levem cerca de dez dias para sistematizar tudo. Ou seja, enquanto a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ainda está tomando pé dos documentos que herdou do antecessor, o STF estará ocupado em organizar as derradeiras flechadas de Janot.
Renato Pereira é dono da agência Prole e foi marqueteiro da campanha de
reeleição de Pezão em 2014. Ele foi citado na delação premiada da Odebrecht
como intermediário do pagamento de propina ao governador. Há também suspeita de
que ele prestava o mesmo serviço para o ex-governador Sérgio Cabral e para o
ex-prefeito Eduardo Paes.
# Nos
bastidores da política na terra da Árvore do Amor, repercute ainda construção
da obra do Mercado Público de Dom Marcolino, pela empresa do amigo do
ex-prefeito de Maxaranguape. A Norte Construções tem como engenheiro
responsável o ex-prefeito de Pureza, Henrique Santana.
# Nesta
terça feira, 19, câmara municipal de Ceará Mirim deverá, em sua sessão
ordinária, instalar Comissão Especial de Inquérito – CEI. Serão três Membros
Titulares, de partidos diferentes, obedecendo número de edil por bancada, e
Suplentes.
# Pelo andar
da carruagem, alguns ‘Observadores’ da cena política do verde vale tem dito em
rodas de conversas que, ‘mesmo o prefeito Marconi Barretto(PSDB), não dando
bolas para o legislativo’, pelo menos passa essas impressão, apuração e votação
do Relatório final da CEI pesará decisão de trocar, ou seja, substituir comando
do Sola Antunes.
# Se já era
duvidosa base de apoio político à gestão MB, na câmara municipal, com a decisão
de alguns edis de devolver alguns cargos na administração, poucos, aliás,
pouquíssimos, situação política na casa do povo fica mais complicada na hora de
aprovar matérias importantes.
# Sem uma
base sólida de apoio político na câmara municipal, líder do governo, vereador
Luciano Morais, certamente encontrará dificuldades para encaminhar alguns
pleitos. Diálogo na política, ainda é tudo, ou, quase tudo. Agora, sem
dialogar, achar que a coisa pública é semelhante a ‘privada’, fica difícil.
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