segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Em tom maior...

O ANTAGONISTA
Temer quase renunciou
Michel Temer quase renunciou quando veio à tona o grampo de Joesley Batista.
A Folha de S. Paulo obteve o áudio de uma sessão sigilosa da CPI da JBS.
Carlos Marun disse:
“Ele quase derrubou o presidente naquele dia 17. O complô era para o presidente renunciar. Quase conseguiu fazer o presidente renunciar! [eleva a voz] E quem está lhe falando é quem estava dentro do gabinete!”
Michel Temer pensou que o grampo de Joesley Batista fosse ainda mais revelador.

A nova caravana do condenado
Lula já prepara sua nova caravana.
Ele vai ao Rio de Janeiro em dezembro.
O roteiro do condenado não inclui uma visita ao seu comparsa Sérgio Cabral na cadeia de Benfica.

Bolsonaro X Bolsonaro
Jair Bolsonaro pode ser eleito presidente do Brasil.
Ninguém mais duvida disso.
O foco, agora, é tentar descobrir o que ele pretende fazer no governo.
Leia o editorial da Folha de S. Paulo:
“Firme no segundo lugar das pesquisas, Bolsonaro ainda procura o que dizer sobre os destinos do país.
Mesmo no seu tema de predileção, a segurança, jamais propôs diretrizes mais consistentes para a ação do Estado. Limita-se a pregar a repressão de crimes por meio de métodos violentos e do armamento da população.
Não faz muito tempo, apresentava-se como um nacionalista econômico, simpatizante de políticas da ditadura militar, contrário a privatizações, favorável ao protecionismo e ao fechamento de fronteiras, inclusive para imigrantes.
Mais recentemente, de modo trôpego, tenta incorporar a sua retórica alguns rudimentos do liberalismo e da responsabilidade orçamentária. O próprio deputado, no entanto, reconhece que pouco entende do assunto.
Tampouco se tem grande noção do pensamento de Bolsonaro por meio da análise de sua carreira política — afora o que se conhece de seus rompantes e grosserias, costumeiramente ofensivos a mulheres e homossexuais.
A despeito de exercer seu sétimo mandato consecutivo, a trajetória parlamentar é apagada. Não se destacou por apresentar ou relatar projetos de importância, por articular ou liderar grupos políticos de relevância no Congresso.
Carece de aliados, de planos de substância, de partido. Muito terá de trabalhar para que não seja tão somente mais uma outra ameaça ao soerguimento do país.”

“A quadrilha que tomou o país de assalto é o poder”
O delegado Jorge Pontes, entrevistado pelo Estadão, disse que a máfia é fichinha perto da ORCRIM que sequestrou o Brasil.
Leia aqui:
“A PF não quer ter independência. Queremos autonomia administrativa e orçamentária, só isso. Temos que entender bem que a quadrilha que tomou o país de assalto não tem o poder, eles são o poder. Nomeiam os seus próprios julgadores, aprovam leis que nos intimidam, que intimidam procuradores da República e juízes federais. E também aprovam leis que os tornam mais blindados, ainda. Máfia, Cartel de Cali, Yakuza, PCC, é tudo fichinha perto do desafio que a Polícia Federal enfrenta.”
Ele teme pelo futuro da PF:
“Vejo o futuro da corporação da mesma forma que vejo o futuro do Brasil. Para onde for o Brasil, irá a PF. Estão engatadas. Mas uma nuvem sombria tomou o céu e a sociedade está paralisada, estática, sem reação. Estamos vivendo um momento extremamente delicado, em que as forças do crime institucionalizado estão se reagrupando para contra-atacar a Lava Jato e evitar de todas as maneiras as suas respectivas consequências, a saber, a punição dos poderosos envolvidos. Nossa instituição não existe no espaço, gravitando, isto é, ela está umbilicalmente ligada ao Ministério da Justiça, que por sua vez é um braço do Presidente da República. A PF está no contexto, por mais que nossas atividades como polícia judiciária não se subordinem à hierarquia administrativa governamental.”

Aécio não detonou Huck, mas para Huck é ótimo que a impressão seja essa
Como publicamos ontem, Aécio Neves disse que a candidatura de Luciano Huck representa “um pouco a falência da política. É o momento de desgaste generalizado”.
Hoje os sites estão fazendo um escarcéu nas manchetes, tentando passar a impressão de que Aécio detonou Huck, naquela combinação de falta de assunto com petismo.
O senador tucano só disse a verdade: vivemos um momento de desgaste tão profundo — e um dos seus protagonistas é o próprio Aécio — que muitos enxergam um caminho em alguém fora da política.
Mas essa mistura de falta de assunto com petismo só fortalece Huck. É ótimo parecer que está sendo detonado por Aécio.
 Convicção



‘O PSDB já não é um partido sério desde Fernando Henrique’, diz Ciro Gomes
Na semana passada, as tensões no tucanato se acirraram quando Aécio Neves afastou Tasso Jereissati -antigo aliado de Ciro no Ceará- da presidência interina da legenda e nomeou Alberto Goldman


Reuters

Ele respondia a uma pergunta a respeito da crise interna do partido
Ciro Gomes foi filiado de primeira hora do PSDB -em 1990, dois anos depois da fundação do partido, ele se elegeu governador do Ceará pela legenda. Nesta segunda (13), após uma palestra em São Paulo, o hoje pré-candidato à presidência pelo PDT criticou o partido, rival em potencial nas eleições de 2018.
“O PSDB já não é mais um partido sério desde o [governo] Fernando Henrique”, comentou, após participar de um debate na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), em São Paulo.
Ele respondia a uma pergunta a respeito da crise interna do PSDB, que se divide em relação ao apoio a Michel Temer.
Na semana passada, as tensões no tucanato se acirraram quando Aécio Neves afastou Tasso Jereissati -antigo aliado de Ciro no Ceará- da presidência interina da legenda e nomeou o paulista Alberto Goldman.
“Isso aí é só um desdobramento da corrupção que o Fernando Henrique impôs à estrutura do PSDB”, afirmou o pedetista, em crítica à aliança do ex-presidente tucano com lideranças do PMDB em seu governo (1995-2002).
“Renan Calheiros foi ministro da Justiça do Brasil, minha filha. Ninguém se lembra disso -eu não esqueço. Foi comandante em chefe da Polícia Federal. O Eliseu Quadrilha [em alusão a Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil] era ministro dos Transportes.”
Segundo o pedetista, “quem não quer ver isso é o Tasso, que vota pela absolvição do Aécio num dia e, no dia seguinte, pede a renúncia. Estão pensando que estão enganando a quem?”.
ALIANÇAS
Trabalhando na costura de apoios para sua candidatura, Ciro tem repetido que se negará a tratar de alianças políticas com o PMDB: “É necessário, inadiável”.
O pedetista contou que busca alianças em um “arco de esquerda democrática”, com a participação de políticos de centro.
“Neste momento, nem eu nem ninguém tem a capacidade de responder a essa pergunta [quem serão seus aliados].”
Ele comparou a pré-corrida presidencial a um treino de Fórmula 1, em que “cada carro está fazendo seu trecho sozinho, para conhecer o circuito” e, assim, conseguir “obter um bom lugar no grid de largada”.
No entanto, o ex-governador do Ceará conta que tem conversado formalmente com PSB, PC do B e PT -em 2018, poderá dividir palanques com Lula em ao menos três Estados (Piauí, Ceará e Bahia).
Ciro falou a estudantes e professores da FAAP acompanhado pelo filósofo Luiz Felipe Pondé, professor da instituição e colunista da Folha de S.Paulo, e pelo fotógrafo J.R. Duran, que lançava na ocasião a 10º edição de sua “Revista Nacional”.
Pondé, durante a palestra, afirmou que enxerga no Brasil uma polarização eleitoral entre o populismo de esquerda, representado pelo ex-presidente Lula, e o populismo de direita, simbolizado pela possível candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro. Para o filósofo, há um vácuo de opções no centro, que “vive se bicando”.
“Eu não sou de centro. Essa percepção paulista de que haveria um lugar que adjetivamente se chama de centro para proteger a gente de um populismo de esquerda, que é o Lula -se o Lula for de esquerda, eu sou um perigoso comunista”, disse Ciro à reportagem.
Ele critica a política econômica do ex-presidente petista, segundo ele, igual à adotada por FHC. Ciro defende um pacto de reindustrialização, redução das taxas de juros e a tributação de heranças.
Ainda sobre a polarização discutida por Pondé, o pedetista afirma ver uma “riqueza no processo brasileiro”, listando possíveis presidenciáveis: “Numa hora dessa, você tem eu, a Marina [Silva], o Alckmin, o Doria, o menu aqui tem para todo gosto. A Manuela D’Ávila”.
MAIS PRESIDENCIAL
No auditório da FAAP, o ex-governador disse, em inglês, que “precisa ser mais presidencial a partir de agora”, frase que tem repetido em suas aparições.
O que ela significa? “Quer dizer que eu tô virando de cientista político, de um acadêmico e de um militante a quem se deve pedir um livre pensar para um candidato que não fala por si, fala por uma corrente de opinião, por um partido partido”, disse.
“E isso não muda. Não é outra cara. Apenas eu não posso mais ser estritamente aquilo que um acadêmico como eu pode ser, que fala o que quer, o que pensa, pouco importando se tem efeitos eleitorais.”
A reportagem comenta que Ciro é conhecido entre seus pares por falar o que pensa e por ser explosivo. “Então estamos pedindo que o político fale o que não pensa: ou seja, que fale a mentira. E isso não vai acontecer comigo, não dá.”
Significa que tentará se controlar? “Nunca deixei de me controlar. Me diga qual foi a coisa que falei por descontrole.”
Ele afirma que a Folha de S.Paulo vem “repetidamente fraudando” uma declaração sua a respeito de Marina Silva e que o jornal “replicou uma informação de uma repórter do Estadão que não entendeu nada do que ouviu”.
Após um evento com empresários da indústria no Rio, Ciro afirmou: “Não vejo ela [Marina] com energia, e o momento é muito de testosterona. Não elogio isso. É mau para o Brasil, mas é um momento muito agressivo e ela tem uma psicologia avessa a isso. Não sei, eu tô achando que ela não é candidata.”
Nesta segunda (13), disse que, nesse episódio, censurava a agressividade do momento e elogiava Marina.
“Eu não disse que o momento é de testosterona. Eu censuro o excesso de agressividade, de ódio, de testosterona -que, nesse sentido, obviamente, para quem não está de má fé, querendo difamar, como é o caso da Folha neste assunto, é uma coisa que não falei nada errado. Não tem nada de descontrole”, comentou.
Fonte: Agora RN


Arruinada
Itália empata com a Suécia e está fora da Copa do Mundo de 2018
A Azzurra não conseguiu superar a Suécia no San Siro e ficou fora do Mundial da Rússia


Reuters

A Itália, que é tetracampeã mundial, não ficava fora de uma Copa do Mundo há 60 anos

Desastre em Milão: a Itália não conseguiu superar a Suécia nesta segunda-feira (13), no San Siro, pelo jogo de volta da repescagem europeia para a Copa do Mundo de 2018. O duelo terminou empatado em 0 a 0, mas como os suecos venceram o confronto de ida por 1 a 0, acabaram ficando com a vaga.
A Itália, que é tetracampeã mundial, não ficava fora de uma Copa do Mundo há 60 anos. A última vez que os italianos não disputaram o Mundial foi em 1958, na Suécia. Na ocasião, o Brasil de Pelé acabou conquistando o seu primeiro título mundial.

Em Extremoz
Ex-prefeito é acusado de desviar verba para construção de unidades de saúde
Procuradoria Geral do Município pede que o ex-prefeito Klauss Rêgo seja responsabilizado pelos atos de improbidade e seja multado em mais de R$ 1 milhãoUBS Extremoz

Canindé Santos

Obras da Unidade Básica de Saúde do Quilômetro 23 estão paralisadas por falta de recursos

A Procuradoria Geral do Município de Extremoz, na Grande Natal, ingressou com uma Ação Civil Pública de improbidade administrativa e ressarcimento de dano ao erário público em desfavor do ex-prefeito Klauss Rêgo (PMDB), que deixou o cargo no final de 2016.
O órgão acusa o ex-prefeito de desviar recursos repassados ao município, via Ministério da Saúde, para a construção de seis unidades básicas de saúde (UBS), por meio do bloco de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II). O desvio teria sido na ordem de R$ 489,6 mil, que em números atualizados representa R$ 956.203,39.
As obras das referidas UBS, que já deveriam estar prontas e servindo à população, seriam localizadas em Pitangui, Alto Extremoz, KM 23, Barra do Rio, Santa Rita e Genipabu. Elas foram orçadas, cada uma, no valor de R$ 408 mil, totalizando R$ 2,448 milhões.
O Ministério da Saúde chegou a liberar, no dia 30 de agosto de 2013, R$ 489,6 mil, referente a seis ordens bancárias que seriam as primeiras parcelas para o início da construção das seis UBS. O restante (R$ 1.958.400,00) seria liberado posteriormente, mediante a apresentação de contas parciais da execução das obras.
Apenas duas das seis unidades tiveram as obras iniciadas e atualmente estão abandonadas por falta de recursos. São a de Pitangui, que teve apenas 23,17% de execução, e a do KM 23 (foto), com 23,32% de obra executada. Além disso, a gestão do então prefeito não fez as devidas prestações de contas dos valores recebidos, conforme obrigação legal.
Quando a gestão atual assumiu, em janeiro deste ano, deparou-se com cinco contas bancárias específicas deste convênio zeradas e a única conta com movimentação financeira dispunha apenas de R$ 50,00 na conta corrente e R$ 697,41 na poupança.
A Prefeitura, na gestão passada, ainda chegou a pagar cerca de R$ 95 mil a uma das construtoras, referente a duas medições executadas da obra; e mais R$ 25,1 mil à outra construtora responsável pela execução. O restante dos valores foi desviado para destinos até hoje desconhecidos.
Na ação, a Procuradoria Geral do Município pede que o ex-prefeito Klauss Rêgo seja responsabilizado pelos atos de improbidade e que seja deferida a medida de indisponibilidade de bens no valor de R$ 1.109.489,58.
Klauss Rêgo Extremoz
Ex-prefeito de Extremoz Klauss Rêgo (PMDB) – Foto: Denis Cleber

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