O piso nacional para profissionais do magistério em 2017 será reajustado em 7,64%, para R$ 2.298,80. O anúncio foi feito ontem (12) pelo Ministério da Educação (MEC). O valor atual é de 2.135,64. O piso salarial para os profissionais do magistério público da educação básica é o valor mínimo que os professores em início de carreira devem receber.
A regra vale
para todo o país, tanto para profissionais que atuam na educação infantil
quanto aqueles que dão aulas no ensino fundamental ou no médio. Esses
profissionais devem ter formação em magistério em nível médio, carga horária de
trabalho de 40 horas semanais.
O valor do piso
salarial nacional é calculado com base no que é destinado por matrícula no
Fundo de Manutenção e De-senvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb) dos dois últimos anos.
No Rio Grande do
Norte, que adota o piso do magistério de forma integral, o reajuste foi visto com
naturalidade. “O valor sofre ajustes anualmente, sempre obedecendo à inflação,
mas é preciso bom senso, em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pelo
Estado. Vamos iniciar o estudo do impacto do reajuste nas contas do governo.
Tão logo estivermos com os resultados em mãos, o reajuste será aplicado”,
explica Cláudia Santa Rosa, atual secretária estadual de educação.
Ainda hoje, em
Mossoró, onde o governador Robinson Faria cumpre agenda oficial, haverá uma
reunião para discutir a adoção do novo valor pago aos professores do
magistério. “Vou discutir com o governador esta medida. Esperamos sair com uma
definição dentro em breve. Temos que prestigiar o professor, sim, mas também
precisamos avaliar a saúde financeira do Estado. É uma decisão que precisa ser
estudada”, afirma.
Segundo o
secretário estadual de Planejamento, Gustavo Nogueira, o aumento deverá ser
aprovado para o Rio Grande do Norte. “Fomos um dos primeiros estados a adotar o
piso do magistério em todo o Brasil. Mas é importante lembrar que o reajuste
alcança os [servidores] ativos e também os inativos, aumentando o déficit da
previdência. No entanto, vale lembrar, o Fundeb [Fundo da Educação Básica] – um
repasse feito pela União aos estados e municípios – não impacta os inativos, o que
pode aumentar o rombo previdenciário. Mas creio que o governador [Robinson
Faria] e a secretária [Educação] Cláudia Santa Rosa vão adotar este reajuste”,
finaliza.

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