Não há ‘plano B' para construção
Ricardo Araújo
Repórter
Sem dispor de outro terreno, além de não ter traçado um plano paralelo, o Governo do Estado não tem solução imediata para viabilizar a construção da Cadeia Pública de Ceará-Mirim. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) tentará reverter a decisão constante no Decreto nº 2.343/2015, assinado pelo prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Peixoto, que revogou todos os atos administrativos relativos à doação do terreno à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), para o qual foi projetada a unidade prisional. A PGE tentará fazer, em aproximadamente dois meses, o que não fora feito em dois anos: regularizar a titularidade do terreno, com lavratura de escritura e título de posse em nome do Rio Grande do Norte, com registro em cartório.
Sem dispor de outro terreno, além de não ter traçado um plano paralelo, o Governo do Estado não tem solução imediata para viabilizar a construção da Cadeia Pública de Ceará-Mirim. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) tentará reverter a decisão constante no Decreto nº 2.343/2015, assinado pelo prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Peixoto, que revogou todos os atos administrativos relativos à doação do terreno à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), para o qual foi projetada a unidade prisional. A PGE tentará fazer, em aproximadamente dois meses, o que não fora feito em dois anos: regularizar a titularidade do terreno, com lavratura de escritura e título de posse em nome do Rio Grande do Norte, com registro em cartório.
O procurador-geral do
Estado, Francisco Wilkie Rebouças, mesmo sem conhecer o conteúdo integral do
Decreto, definiu a atitude do prefeito Antônio Peixoto como “absurda”. “Eu
ainda não vi os termos do Decreto. Mas acho que é um tremendo absurdo. Nós
vamos judicializar, se preciso for. Do meu ponto de vista, esse Decreto não tem
amparo legal ou jurídico. O prefeito tomou uma atitude arbitrária”, frisou o
procurador-geral. Antes disso, porém, o processo de doação do terreno de
aproximadamente 70 mil metros quadrados, localizado na Comunidade do Riachão,
ainda terá que ser localizado nos arquivos da Procuradoria Geral do Estado.
O procurador Francisco de Sales Matos, que respondia como procurador-geral do Estado à época da doação do terreno via Lei Municipal nº 1.502/2009, assinada pela então prefeita de Ceará-Mirim, Edinólia Melo, confirmou que o processo não foi devidamente acompanhado pela PGE, tendo sido, provavelmente, doado a partir de decisões políticas. “O imóvel não foi entregue à Procuradoria. Deve ter sido entregue ao Executivo Estadual. Não foram encontrados os registros de transmissão da propriedade para o Estado do Rio Grande do Norte”. Ele confirmou, ainda, que o Estado não dispõe de nenhum outro imóvel na Região Metropolitana com área suficiente ou similar à de Ceará-Mirim para a construção de uma unidade prisional para 603 vagas.
Sob a argumentação de inconsistências de natura formal e material, o procurador Francisco de Sales Matos comentou que o “dito Decreto revoga atos ou termos de cessões que o Executivo não sabe se foram praticados. Ou seja, revoga o nada”. Entretanto, no processo impetrado pela Sejuc para obtenção da Licença Simplificada para construção do empreendimento, em outubro de 2013, consta uma cópia do Termo de Cessão de Uso de Bem Imóvel, assinada pelo prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Peixoto. Na Cláusula Sétima do documento, consta a seguinte informação: “É lícito às partes, decorrido o período de 24 meses, caso não seja cumprido o objeto (no caso a construção do presídio), a rescisão unilateral deste contrato, desde que haja prévia notificação, por escrito, com antecedência mínima de 30 dias”.
Licença Ambiental
A construção da Cadeia Pública de Ceará-Mirim está licenciada, através de uma Licença Simplificada emitida pelo Idema/RN. O documento, datado de fevereiro de 2014, é válido até o mesmo mês do ano de 2017. Conforme dados do projeto executivo, a penitenciária ocupará uma área de 5,7 mil metros quadrados, equivalente à metade de um hectare.
O procurador Francisco de Sales Matos, que respondia como procurador-geral do Estado à época da doação do terreno via Lei Municipal nº 1.502/2009, assinada pela então prefeita de Ceará-Mirim, Edinólia Melo, confirmou que o processo não foi devidamente acompanhado pela PGE, tendo sido, provavelmente, doado a partir de decisões políticas. “O imóvel não foi entregue à Procuradoria. Deve ter sido entregue ao Executivo Estadual. Não foram encontrados os registros de transmissão da propriedade para o Estado do Rio Grande do Norte”. Ele confirmou, ainda, que o Estado não dispõe de nenhum outro imóvel na Região Metropolitana com área suficiente ou similar à de Ceará-Mirim para a construção de uma unidade prisional para 603 vagas.
Sob a argumentação de inconsistências de natura formal e material, o procurador Francisco de Sales Matos comentou que o “dito Decreto revoga atos ou termos de cessões que o Executivo não sabe se foram praticados. Ou seja, revoga o nada”. Entretanto, no processo impetrado pela Sejuc para obtenção da Licença Simplificada para construção do empreendimento, em outubro de 2013, consta uma cópia do Termo de Cessão de Uso de Bem Imóvel, assinada pelo prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Peixoto. Na Cláusula Sétima do documento, consta a seguinte informação: “É lícito às partes, decorrido o período de 24 meses, caso não seja cumprido o objeto (no caso a construção do presídio), a rescisão unilateral deste contrato, desde que haja prévia notificação, por escrito, com antecedência mínima de 30 dias”.
Licença Ambiental
A construção da Cadeia Pública de Ceará-Mirim está licenciada, através de uma Licença Simplificada emitida pelo Idema/RN. O documento, datado de fevereiro de 2014, é válido até o mesmo mês do ano de 2017. Conforme dados do projeto executivo, a penitenciária ocupará uma área de 5,7 mil metros quadrados, equivalente à metade de um hectare.
DO BLOG: Secretária de Estado de Segurança Pública
Kalina Leite, no programa Repórter 98, ontem, 28, disse que medida tomada pelo
prefeito Antônio Peixoto foi extemporânea, ou seja, totalmente fora de
propósito, sem efeito legal. Assim pensa a Secretária. Disse ainda que o
governador Robson Faria havia AUTORIZADO que Secretaria tomasse as medidas
cabíveis para construção da CADEIA PÚBLICA o que, obviamente todos os
Municípios com Comarca devem possuir. A questão em tela é a construção de
presídio para 603 vagas e não da cadeia para no máximo 80. Em se transformando de ma disputa política, acredita-se que governador Robson, que diz fazer
política com compromissos, não deverá levar presídio para Ceará Mirim, pelo
menos na campanha eleitoral de 2014 garantiu a população que ‘Ceará Mirim não
terá presídio, terá distrito industrial’. Quem fala assim não é gago.
Secretário
desautoriza prefeito e garante construção da cadeia em Ceará Mirim
“Essa cessão de
uso é em caráter irrevogável, irretratável e é por 30 anos. Não foi esse
governo que escolheu esse local para ser construída a cadeia"
O secretário de
Infraestrutura, Jader Torres, faz um balanço das obras do Estado. Sobre o
presídio de Ceará Mirim, diz que o Estado não pode prescindir dos recursos,
que, se não forem usados até junho, serão devolvidos. “Não foi esse governo que
escolheu esse local para ser construída a cadeia. Foram feitas duas chamadas e
agora conseguimos a contratação dessa obra e esperamos realmente iniciar essa
obra agora em maio”, afirmou.
ONDE E COM QUEM ESTÁ A VERDADE E LEGALIDADE DOCUMENTAL PARA CONSTRUÇÃO DE PRESÍDIO?
Indonésia executa outro brasileiro
Jacarta
(DW/ABr) - As autoridades da Indonésia executaram oito condenados à morte no
país por tráfico de drogas, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte, de 42
anos, nos primeiros minutos desta quarta-feira, horário local. Eles foram
fuzilados na prisão de segurança máxima da ilha de Nusakambangan, horas após
receberem visitas de parentes. Estava prevista a execução de nove condenados.
No entanto, a filipina Mary Jane Veloso, de 30 anos, não entrou na fila de
execuções desta vez, porque a Justiça indonésia ainda avalia se ela foi vítima
de tráfico humano, segundo a imprensa local. A defesa de Veloso argumenta que
ela foi usada como “mula” para transportar heroína sem saber. O caso da
filipina gerou comoção em seu país.
Além
do brasileiro, foram executados quatro nigerianos, dois australianos e um
indonésio. Além da filipina, um décimo condenado, francês, havia conseguido
suspender a execução na Justiça.
A Indonésia não havia confirmado a data das execuções, mas ontem a imprensa australiana publicou fotografias das cruzes que seriam usadas nos caixões de madeira, com a inscrição “29.04.2015”, o que indicava que seria na madrugada desta quarta-feira, pelo horário local.
Até o último momento, a família de Gularte e as autoridades brasileiras tentaram dissuadir as autoridades da Indonésia sobre a execução, alegando que ele sofre de esquizofrenia. Gularte foi detido em 31 de julho de 2004, ao desembarcar no aeroporto de Jacarta com seis quilos de cocaína, escondidos em pranchas de surfe. A condenação ocorreu no ano seguinte.
A Indonésia não havia confirmado a data das execuções, mas ontem a imprensa australiana publicou fotografias das cruzes que seriam usadas nos caixões de madeira, com a inscrição “29.04.2015”, o que indicava que seria na madrugada desta quarta-feira, pelo horário local.
Até o último momento, a família de Gularte e as autoridades brasileiras tentaram dissuadir as autoridades da Indonésia sobre a execução, alegando que ele sofre de esquizofrenia. Gularte foi detido em 31 de julho de 2004, ao desembarcar no aeroporto de Jacarta com seis quilos de cocaína, escondidos em pranchas de surfe. A condenação ocorreu no ano seguinte.
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