Em
tempos de pandemia a palavra esperança, tornou-se alvo de muitas reflexões para
muitas pessoas. Atualmente vivemos dias em que nos falta, essa tão falada e
sonhada esperança. Mas, também existem dias que ela amanhece, trazendo
expectativas de um novo recomeço.
Por
isso nos remetemos ao livro sagrado, o qual fala de uma esperança que pode
transformar pensamentos e acalentar almas, ressequidas pelo luto, pelas perdas
e pelos desalentos, aos quais a devastação desse mal que está sobre a
humanidade tem afetado.
No
livro das sagradas escrituras, o profeta Jeremias em Lamentações 3.21 nos diz:
“Quero trazer a memória o que me pode dar esperança”.
Qual
seria a esperança para a humanidade, num tempo ao qual poderíamos conjecturar
como tempos de guerra? Guerra! Talvez sim, uma guerra contra um vírus. Seria
uma terceira guerra mundial? Talvez sim. Até porque, levantou-se um grande e
forte exército, vestidos de branco, que lutam incansavelmente para que muitos
se mantenham vivos. Eles também são atingidos e muitos não resistem.
Infelizmente, mas foram e são heróis, não se acovardaram, não transferiram seus
medos, não recuaram, estão na linha de frente, tiveram esperança. E nesse
esperançar, precisamos manter convicções e sentimentos que nos façam avançar
com perseverança e altruísmo, nos tornarmos resilientes e empáticos. Olharmos o
outro e vê-lo como alguém que precisa ser ouvido.
E
como será esperançar para aquele que perdeu, não somente um familiar ou
parente, mas também seu emprego, seu ganha pão. Como esperançar ao amanhecer e
não ter aquela correria de pegar, o transporte para ir ao emprego, ou talvez ir
à escola? Como não mais ter aquele corre, corre, que nos fazia chegar ao fim do
dia e estarmos tão exausto e já pensativos em como seria o próximo dia. Esse novo
tempo nos fez parar e refletirmos que, o esperançar, necessita da nossa busca,
dos nossos recomeços, da nossa ressignificação, o tempo não parou. Continuamos
um dia após o outro, e essa luz que ao amanhecer recebemos do nosso criador,
nos deve incentivar a levantarmos, nos pôr de pé e lutarmos, usarmos as forças
que nos são concedidas, pelo Pai Eterno e fazermos, por nós, pelos nossos e por
aqueles que partiram. Porque cada um deles deixaram um legado, que precisa estar
vivo em nossas memórias.
É
tempo de esperançar, sim, renovar, restaurar, ressignificar e encarar o tempo
de desafios, tendo a esperança da vitória, da conquista, numa adaptação a um
novo normal, que está presente hoje em nossas vidas.
A
todos os familiares, parentes e amigos daqueles que partiram, vítimas da
COVID-19, nossos sinceros sentimentos, só Deus com as doces consolações do
Espírito Santo para os confortar.
É
tempo de esperançar. Hoje é esse tempo.
Edineide
Silva Santiago
Pedagoga
Especialista
em Literatura e Ensino
Nenhum comentário:
Postar um comentário