sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Geddel e Cunha são alvo de operação da PF contra fraudes na Caixa

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira (13), sete mandados de busca e apreensão em uma operação para investigar um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica Federal, entre 2001 e 2013.
Um dos alvos da operação é o ex-ministro, Geddel Vieira Lima (PMDB), que foi responsável pela articulação do governo Temer até novembro. Nesta manhã, a Polícia Federal fez uma busca em um imóvel seu em Salvador. No período investigado pela ação, Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa.
A polícia realiza a operação com base em informações encontradas em um celular achado na residência oficial da Câmara, quando era ocupada pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB). O aparelho foi submetido a perícia.
Na perícia no aparelho celular, a polícia extraiu o que chama de "uma intensa troca de mensagens eletrônicas” entre Cunha e Geddel.
"Eu não estava patrocinando interesse privado", afirma Temer sobre caso Geddel
As mensagens indicariam “a possível obtenção de vantagens indevidas pelos investigados em troca da liberação para grandes empresas de créditos junto à Caixa Econômica Federal, o que pode indicar a prática dos crimes de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro”, de acordo com a PF.

O caso vinha sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi encaminhado para a Justiça Federal do DF depois que um dos investigados perdeu o foro privilegiado após deixar a função pública. Geddel deixou o cargo em novembro.
O esquema, segundo a PF, envolveria também um vice-presidente de gestão de ativos da Caixa, um servidor da Caixa, empresários e dirigentes de empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias, de empreendimentos imobiliários, além de um operador do mercado financeiro.

Operação Cui Bono

Os mandados da operação Cui Bono foram expedidos pela 10ª Vara Federal do DF. A operação está sendo deflagrada no Distrito Federal, na Bahia, no Paraná e em São Paulo.
Este é um desdobramento da operação Catilinárias, quando houve buscas e apreensões na residência oficial da Câmara, à época ocupada por Cunha. Tal operação investigou possíveis crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Fonte: Último Segundo - iG 

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