terça-feira, 31 de março de 2015

Passando a limpo...



SE COMPLICANDO...
Demóstenes Torres acusa José Agripino de receber dinheiro de Carlos Cachoeira
 Em artigo, ex-senador denuncia envolvimento do presidente do DEM no chamado “esquema goiano”
O senador José Agripino Maia (DEM) volta ao noticiário político de maneira negativa. Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir inquérito para investigar crime de corrupção passiva contra o senador potiguar, por suposta participação no esquema de da Operação Sinal Fechado, em que é acusado de receber R$ 1 milhão em propina, Agripino agora é apontado pelo ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM) de ter se beneficiado financeiramente do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Ao escrever um artigo em que o alvo é o senador Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, Demóstenes acusa Agripino e outros integrantes de sua chapa em 2010 no Rio Grande do Norte de terem se beneficiado de um “esquema goiano”, com intermediação de Caiado. “Caiado não ousou me defender, me traiu, mas, em relação a Agripino Maia, figura pouquíssimo republicana, disse que ele merece o benefício da dúvida. Poucos sabem, mas o político potiguar e seus companheiros de chapa em 2010 foram beneficiados pelo ‘esquema goiano’, com intermediação de Ronaldo Caiado”, afirmou Demóstenes.
O “esquema goiano”, segundo o ex-democrata, tem relação com o jogo do bicho, no qual o bicheiro Carlinhos Cachoeira prepondera. “Eurípedes Barsanulfo era prócer das máquinas caça-níqueis em Goiás. Ronaldo uma vez, inclusive, me pediu para interferir junto a Carlos Cachoeira para ampliar a atividade de Eurípedes no jogo ilícito. Simplesmente, disse a ele, como era verdade, que desconhecia a prática de ilicitudes por parte de Cachoeira”, conta Demóstenes no artigo.
Ainda em seu artigo, o ex-senador volta a citar Agripino, destacando que o potiguar é “dependente financeiro” do governador Marconi Perillo (PSDB). “Ronaldo Caiado, no afã de ser candidato a senador ao lado de Marconi Perillo, foi atrás de Aécio Neves e Agripino Maia (este dependente financeiro de Perillo) para que eles compusessem a chapa com coerência nacional, apesar de todo histórico de desavenças com o carcamano”, contou Demóstenes.
Procurador de Justiça, Demóstenes Torres foi cassado em julho de 2012 por quebra de decoro parlamentar. Ele foi acusado de usar o mandato para favorecer o bicheiro Carlos Cachoeira. Como resultado, ficou inelegível por oito anos. Ainda em seu artigo, ele acusa o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, de ter sido financiado pelo contraventor Carlos Cachoeira nas campanhas que disputou à Câmara Federal nos anos de 2002, 2006 e 2010.
Segundo Demóstenes, as digitais da contravenção seriam facilmente identificadas com uma investigação nas contas de material gráfico, transporte aéreo e gastos com pessoal. As afirmações estão contidas em artigo publicado na edição desta terça-feira (31) do jornal Diário da Manhã, de Goiânia.

Dilma transforma Henrique Alves em ‘moeda de troca’ nos conflitos com o PMDB

 Imprensa nacional revela negociação da presidente com peemedebistas para aprovação de ajuste fiscal

O presidente do Diretório do PMDB no Rio Grande do Norte, ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves, se transformou em moeda de troca no embate entre o governo federal e o PMDB. Amigo do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), Henrique foi indicado pelo seu sucessor na Presidência da Câmara para assumir o Ministério do Turismo. Entretanto, o governo estaria condicionando a nomeação de Henrique ao apoio do PMDB aos ajustes fiscais que o governo quer implantar.
A revelação está na coluna do jornalista Claudio Humberto, publicada na edição de hoje, do jornal Tribuna do Norte – veículo, aliás, de propriedade de Henrique, que consta como diretor-presidente da empresa jornalística. Diz o colunista que, “para confirmar a nomeação de Henrique ao cargo de ministro do Turismo, Dilma Rousseff impôs a condição de obter apoio dos deputados federais do PMDB ao pacote fiscal do governo e à política de reajuste de aposentadorias”.
A nomeação de Henrique para o Ministério estava acertada desde a última sexta-feira e seria anunciada hoje pelo governo, mas foi posta em “banho-maria” para prêmio por bom comportamento futuro do PMDB futuro. Assim, o potiguar, de presidente da Câmara, passa a “peso morto” para a própria legenda, já que terá de servir de moeda de troca e como cala-boca à legenda. Sua nomeação, portanto, terá um preço altíssimo para o PMDB.
Agora, segundo Claudio Humberto, a nomeação de Henrique poderá ficar para depois da Semana Santa. Para completar o quadro adverso, o presidente da Câmara Eduardo Cunha trabalha com cenário oposto. Ainda segundo o jornalista, o sucessor de Henrique na Presidência da Câmara dos Deputados “só aceita discutir apoio a projetos do governo após a nomeação do seu amigo Henrique Alves”.
Líder do PMDB compara situação de Henrique a “cadáver insepulto”
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), cobrou uma decisão “rápida”. Para o deputado, a situação de Henrique Alves compara-se a de um “cadáver insepulto” enquanto não houver uma palavra final do governo sobre sua nomeação. “Precisa ter uma decisão rápida. Era uma coisa anunciada, que o pedido de investigação sendo arquivado pelo Ministério Público, ele seria nomeado. É preciso que isso ou ocorra ou que se sepulte esse assunto. O que não dá para ficar é um cadáver insepulto”, disse.

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