domingo, 18 de março de 2018

Resumão Antagonista


O ANTAGONISTA

4 anos de Lava Jato: 40 vezes Moro
A Lava Jato completa quatro anos neste sábado e, desde a deflagração da 1ª fase da operação, em março de 2014, 40 processos já foram sentenciados por Sergio Moro, registra o G1.
“Foram 188 condenações contra 123 réus, que somam 1.861 anos e 20 dias de pena.
O tempo médio de trâmite das ações da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba – desde a aceitação da denúncia até a publicação da sentença – foi de 9 meses e 10 dias.”
O Antagonista lembra que o STF ainda não condenou político algum na Lava Jato.
Parabéns, Moro.
DO BLOG: Nem do PSDB também!


A exploração lulista do cadáver de Marielle
A resolução da Executiva Nacional do PT que compara o assassinato de Marielle Franco ao processo penal que resultou na condenação de Lula é de um oportunismo político sem tamanho, afirma João Domingos no Estadão.
“De acordo com a resolução petista, tanto a execução de Marielle quanto a condenação de Lula são consequências de uma escalada de autoritarismo no País.
Nesse clima, afirma o PT no documento (…), ‘os movimentos sociais são reprimidos, professores são espancados, a universidade é atacada, artistas são censurados, setores politizados do Judiciário atuam casuisticamente e o governo golpista apela, de forma demagógica e irresponsável, para a militarização de esferas de competência do poder civil’.
Tudo o que está escrito entre aspas no parágrafo acima faz parte de uma argumentação política a partir de uma visão ideológica das coisas. Portanto, o PT tem todo o direito de dizer isso. (…)
Comparar o assassinato da vereadora Marielle ao processo penal que condenou Lula por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, no entanto, supera a argumentação lógica da política.
(…) A condenação de Lula veio depois de um processo judicial (…). Para se defender, o ex-presidente contratou os melhores advogados, produziu as melhores peças jurídicas com as mais afamadas teses, ocupou as redes sociais, atacou Judiciário, Ministério Público, meios de comunicação e tudo o mais que viu pela frente.
Ao contrário de Lula, a vereadora não teve nenhuma oportunidade de defesa. Foi fuzilada.”
O Antagonista, além de já ter pulado os trechos do artigo que exaltam a militância de Marielle, só tiraria da parte sobre advogados e peças jurídicas a palavra “melhores”.

“Lava Jato mostrou o quanto o crime se apropriou da política”
O procurador Carlos Fernando Lima, da Lava Jato de Curitiba, comentou no Facebook o editorial de sexta-feira do Globo sobre o mercado de compra e venda de deputados.
“Quando se fala no mercado de compra e venda de deputados é que se percebe o baixíssimo padrão ético de nossa classe política.
O fundão partidário, como já dissemos antes, foi apenas uma forma de dar dinheiro público para os caciques dos partidos poderem ‘arrematar’ deputados.
Depois vêm alguns condenados dizer que a Lava Jato criminaliza a política. Na verdade, a Lava Jato mostrou o quanto o crime se apropriou da política.”


CVM acusa 40 da Petrobras, incluindo Foster, Gabrielli e Bendine
Quarenta atuais e ex-administradores da Petrobras ignoraram por cinco anos indícios de que a refinaria de Abreu e Lima e o Comperj valiam menos do que constava no balanço da estatal.
A acusação é da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de capitais, informa O Globo.
Entre os acusados, estão:
– os ex-presidentes José Sergio Gabrielli, Maria das Graças Foster e Aldemir Bendine;
– o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega;
– o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho;
– o ex-diretor financeiro da Petrobras Almir Barbassa.
– e atuais diretores, como Ivan Monteiro (financeiro) e Solange Guedes (Exploração e Produção).
Para a CVM, a maioria dos acusados falhou no dever de diligência e prejudicou a empresa e os investidores, induzindo esses últimos a erro de julgamento.
“A autarquia entende que a companhia deveria ter reconhecido baixas contábeis nos ativos de 2010 a 2013, o que não aconteceu, e ampliado o escopo da reavaliação dos valores feita em 2014 para Abreu e Lima.”
“Uma questão de honra nacional”
 “É uma questão de honra nacional descobrir os assassinos de Marielle Franco”, diz Fernando Gabeira.
Ele continua:
“Li que Marielle Franco denunciava violência policial em Acari. É uma das hipóteses de investigação. Acari tem uma tradição de violência policial. Em 1990, houve a chacina de Acari, que levou sete jovens. As mães fizeram um movimento de denúncia. Uma delas também foi assassinada.
Cármen Lúcia não cede  
Merval Pereira explicou o conluio entre as diversas alas da ORCRIM para salvar Lula da cadeia.
Leia aqui:
“As pressões sobre a presidente do Supremo Tribunal Federal vêm de várias partes, além do PT e dos advogados de Lula. Há um conluio surdo entre as diversas forças políticas que estão de alguma maneira envolvidas nas investigações e denúncias da Lava Jato e suas decorrências pelo país.
Caso Marielle: a exploração política das hipóteses
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) falou ao Estadão sobre o assassinato de sua correligionária Marielle Franco.
“Reações no mundo inteiro mostram que não se aceita esse recado de medo. O crime precisa ser desvendado, e não é porque a Marielle é mais importante, por ser vereadora, mas porque é carregado de vingança. É um recado para mulher, jovem, negra de favela? É preciso elucidar. Um crime contra a democracia não pode ser bem sucedido.”
Todo crime precisa ser desvendado, seja carregado ou não de vingança.
A motivação (chamada por Freixo de “recado”) também precisa ser elucidada o quanto antes – até porque a exploração política das hipóteses continua a todo a vapor.

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