sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Especialistas analisam discurso de Trump: "populista e nacionalista"

 O republicano Donald Trump tomou posse da presidência dos Estados Unidos na tarde desta sexta-feira (20/1), em Washington.

Em um ambiente de maioria branca e poucos sorrisos, Donald Trump se tornou o 45º presidente dos Estados Unidos na tarde desta sexta-feira (20/1), em Washington. Na cerimônia, o discurso de posse do republicano foi populista e nacionalista, características também percebidas durante sua campanha à Casa Branca. Apesar de exaltar a geração de empregos, ficaram de fora do pronunciamento o futuro da relação do país com o México e com a Rússia, o detalhamento de alianças políticas e os novos projetos sociais da maior potência econômico do mundo.
O professor de Ciências Políticas da Universidade de Brasília (UnB) João Paulo Peixoto avaliou o discurso do novo presidente como “um grandioso acúmulo de promessas”. Uma das maiores polêmicas acerca do governo de Trump é a criação de “muros” para pessoas de outras nacionalidades. Para Peixoto, essa promessa é “incompatível com a realidade norte-americana de hoje”. “Vivemos em um mundo globalizado. Os EUA já possuem uma abertura política, econômica e cultural, não tem como voltar atrás. Essas relações são uma via de mão dupla”, explicou. 


Questionado sobre o que espera de Trump, Peixoto afirma estar com uma visão ainda pragmática sobre o republicano. Com as metas audaciosas, o especialista alega estar como um observador, ainda sem tirar uma conclusão final sobre o presidente: “Não tenho como estar nem pessimista nem otimista, porque até agora só vieram promessas. Quero ver se ele vai conseguir impor tudo o que disse durante esses meses”.

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