Em um ambiente de
maioria branca e poucos sorrisos, Donald Trump se tornou o 45º presidente dos
Estados Unidos na tarde desta sexta-feira (20/1), em Washington. Na cerimônia,
o discurso de posse do republicano foi populista e nacionalista, características
também percebidas durante sua campanha à Casa Branca. Apesar de exaltar a
geração de empregos, ficaram de fora do pronunciamento o futuro da relação do
país com o México e com a Rússia, o detalhamento de alianças políticas e os
novos projetos sociais da maior potência econômico do mundo.
O professor de
Ciências Políticas da Universidade de Brasília (UnB) João Paulo Peixoto avaliou
o discurso do novo presidente como “um grandioso acúmulo de promessas”. Uma das
maiores polêmicas acerca do governo de Trump é a criação de “muros” para
pessoas de outras nacionalidades. Para Peixoto, essa promessa é “incompatível
com a realidade norte-americana de hoje”. “Vivemos em um mundo globalizado. Os
EUA já possuem uma abertura política, econômica e cultural, não tem como voltar
atrás. Essas relações são uma via de mão dupla”, explicou.
Questionado sobre o que espera de Trump, Peixoto afirma estar com uma visão ainda pragmática sobre o republicano. Com as metas audaciosas, o especialista alega estar como um observador, ainda sem tirar uma conclusão final sobre o presidente: “Não tenho como estar nem pessimista nem otimista, porque até agora só vieram promessas. Quero ver se ele vai conseguir impor tudo o que disse durante esses meses”.
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