segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Segunda feira...



CBF confirma grupos da Copa do Brasil
Nesta terça-feira, às 11h, a CBF sorteia os confrontos da primeira fase da Copa do Brasil. Ao todo, são 87 clubes, mas seis deles (Cruzeiro, Atlético-MG, São Paulo, Inter, Corinthians e Fluminense) entram automaticamente nas oitavas de final.
A Copa do Brasil tem uma fase preliminar, a ser disputada entre Atlético-AC e Real Noroeste-ES. O vencedor avança para formar a primeira fase com 80 clubes, divididos em oito potes de 10 clubes de acordo com o Ranking Nacional de Clubes. Os mais bem ranqueados ficam no Pote A, e os piores, no Pote H. No sorteio direcionado da primeira fase, os times do Pote A encaram adversários do Pote E — A x E; B x F; C x G; e D x H.
Times do mesmo pote não podem se enfrentar até as oitavas de final, quando um novo sorteio é realizado, já com os participantes brasileiros da Libertadores. Não há restrições quanto a adversários do mesmo estado.
O ABC está no grupo B: Vitória, Ponte Preta, Ceará, Sports, Figueirense, Atlético-GO, Portuguesa, Criciuma e Náutico.
O América está no grupo C ao lado do Avai, América MG, Chape conseguir, Paraná, Bragantino, Joinville, Paysandu, ASA e Boa.
No grupo G, está o Globo com Interporto TO, Luziania DF, São Raimundo de Roraima, Moto Clube MA, Jacuipense BA, Lajeadense RS, Operário MT, Itauano SP e Águia Negra MS.
O Alecrim no H: Independente PA, Cabofriense RJ, Estrela do Norte ES, River PI, Maringá PR, Murici AL, Capivariano SP, Amadense SE e Piauí.
O ABC vai mandar jogos no Frasqueirão, América na Arena das Dunas, Alecrim no Ninho do Periquito e Globo no Barrettão.
Após votação pela internet, mascotes olímpicos são 'batizados'
 Os mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro foram "batizados" neste domingo (14). Após votação pela internet, os nomes escolhidos foram Vinícius e Tom, com 44% dos votos.
Os nomes dos mascotes dos Jogos de 2016 fazem alusão aos músicos e compositores Vinícius de Moraes e Tom Jobim, responsáveis por uma parceria de vários anos música popular brasileira.

Inspirados na fauna e na flora brasileiras, os mascotes olímpicos tem por objetivo disseminar mensagens alusivas ao evento e os valores dos Jogos.

Vinícius será o mascote dos Jogos Olímpicos, enquanto Tom será o dos Jogos Paralímpicos. O primeiro representa a diversidade dos animais do Brasil Já o segundo faz menção a diversidade da flora do país.

LEIA TODA ENTREVISTA PARA VOCE COMPREENDER SANGRIA...
‘Sem alterar estruturas, fim da corrupção é mero sonho’
Entrevista - Roberto Romano 
Pós-doutor em filosofia

O professor de ética da Universidade Estadual de Campinas e pós-doutor em Filosofia, Roberto Romano descreve a estrutura corrupta que toma conta do Poder Executivo brasileiro, que, segundo ele, possui força desproporcional em relação aos outros poderes. Romano também discorre sobre o tripé formado entre partidos, militantes e empresas que enraízam as estruturas corruptas a fim de se manterem no poder.
“Pouco a pouco, os militantes foram colocados nas estatais e na administração pública para sugarem recursos para partidos. O partido também apadrinha o interesse dos empresários junto ao poder público”, avalia Romano, nesta entrevista ao site Contas Abertas.

No processo de delação da Operação Lava Jato, o executivo Augusto Mendonça Neto, da Toyo Setal, informou que parte da propina paga no esquema de corrupção da Petrobras era feita de maneira oficial ao Partido dos Trabalhadores. O sistema de financiamento público e privado brasileiro colabora com a corrupção eleitoral? A proibição de financiamento por pessoas jurídicas pode reduzir a corrupção?
Eu acho essa questão do financiamento público ou privado menor perto do problema mais sério da corrupção no mundo e no Brasil. O problema é que nossa estrutura de Estado concentra no Poder Executivo Federal todas as políticas públicas e todos os financiamentos e também a capacidade de recolher impostos para essas políticas. Isto é, tudo que está relacionado a serviço público é monopolizado pelo Poder Federal. Com isso, o governo federal tem força desproporcional em relação aos outros poderes.

Quais as consequências dessa concentração?
Vivemos um paradoxo perene, o Brasil vive às custas de medidas provisórias e não há, da parte do Legislativo, nenhum esforço pra tirar esse poder do Executivo, porque isso rende. O caso do escândalo de compra dos parlamentares pela liberação de emendas, nada mais é do que corrupção e isso é feito cotidianamente. O Poder Executivo tem uma estrutura gigantesca no Brasil inteiro, uma burocracia enorme que coloca ventosas em todos os poros da sociedade. Este é o primeiro ponto importante.

Que outro ponto o senhor destacaria?
Outro ponto pouco discutido, lamentavelmente, é o fenômeno construído desde o século XIX e depois no século XX: o apadrinhamento do partido político. Ao invés do coronel ou aquele nobre da Europa que conseguia os recursos, os partidos políticos assumiram esses papéis, apadrinhando seus militantes. O vencedor nas eleições indica correligionários para os cargos públicos.

Dessa forma, pouco a pouco, os militantes foram colocados nas estatais e na administração pública para sugarem recursos para partidos. O partido também apadrinha o interesse dos empresários junto ao poder público. O tripé está montado com o partido, militantes e empresários. Os empresários pagam aos partidos pelos bons negócios que fizeram, empregando os militantes e dando dinheiro às legendas.

Esse tipo de pesquisa vem sendo feita na Europa e nos Estados Unidos nos últimos dez anos, e aqui no Brasil não. O PT tem seus militantes, que são colocados na Petrobras, na administração pública, com a função de conseguir dinheiro para ganharem as eleições. Todos os partidos brasileiros atuam com essa prática. Para conseguir emprego, é preciso que o partido ganhe eleições. Então, se você está na administração pública, vai fazer tudo para vender facilidades aos empresários e conseguir dinheiro para o partido.

Como o senhor disse, esse tripé é formado no mundo inteiro. O que faz com que ele seja fortalecido no Brasil e não interrompido?
No Brasil é ainda pior porque não aprovam de maneira nenhuma a regulamentação do lobby. Isso é fundamental quando se fala de corrupção. Hoje, existem 11 projetos sobre o tema no Congresso Nacional e os textos não são discutidos. Os deputados e senadores apadrinhados fazem lobby para os empresários. Se a prática fosse normatizada, os parlamentares não usariam o mandato para fazer lobby. A bancada “x”, “y”, “z” nada mais é que um lobby, financiado, inclusive por meio de parlamentares.
Resumindo, você tem essa estrutura dos partidos apadrinhadores, que tem seus “donos”. Esses permanecessem na direção por 30 anos ou mais, são donos de tudo e, sobretudo, do cofre. Qual é a diferença se o dinheiro vem dos empresários ou do estado se quem vai mexer no cofre são os donos dos partidos, esses grandes apadrinhadores? Eles distribuem os benefícios para seus apadrinhados. O episódio do dinheiro de propina ir para o cofre do PT de forma legal é um exemplo muito claro dessa estrutura de apadrinhamento. Enquanto o Brasil não for federalizado, a Presidência não perder os “poderes excepcionais” e o Congresso não for independente, falar em fim da corrupção é um sonho dourado.

É um caso atrás do outro, né…
A corrupção tem um lado sincrônico e um diacrônico. O diacrônico é quando um caso é descoberto depois do outro: a polícia descobre, o Ministério Público denuncia, a imprensa divulga e população fica indignada. Isso causa cansaço nas pessoas. O lado mais perverso, no entanto, é o sincrônico. Enquanto um está sendo punido, tem muitos outros operando. O caso da Petrobras estava operando enquanto o Mensalão estava sendo julgado. Aquele que aparece depois pode estar antes e, se não é descoberto, denuncia-se o resultado e não o pressuposto. Perdemos muito tempo discutindo financiamento e deixamos de lado os pontos mais vitais e dolorosos nessa estrutura da corrupção.

É muito comum acompanhar discussão entre oposição e situação de quando começou os esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. A corrupção no Brasil está tão estrutural que não pode mais ser alterada simplesmente por um novo governo? Quais são as medidas necessárias para que se acabe com os esquemas?
Sempre defendo o aspecto sistêmico da corrupção no Brasil. Praticamente todos os partidos fazem apadrinhamento, por exemplo, é um sistema que ninguém escapa. No escândalo da Petrobras, a defesa de um empresário entrou com um argumento de que “eles eram obrigados a pagar propina”. O juiz Moro deu uma resposta que acho magnífica, uma coisa é você ser achacado por um assaltante de rua que te coloca um revólver na cabeça e outra muito diferente é você se reunir com o corrupto para planejar o assalto ao cofre público. Existe cumplicidade, ninguém obrigava ninguém. Querer jogar a culpa um nas costas do outro, a origem do esquema, é uma desculpa muito fácil, tênue, que não resiste ao mínimo exame lógico e factual. O que vemos é um procedimento que vem justamente da estrutura maior do Estado brasileiro, que coloca bilhões na mão de funcionários que não têm que responder pelo seu exercício.

Há descaso com a prestação de contas no Brasil, então?
Por que a Petrobras, por exemplo, recebe especial autorização pra fazer licitação que não está de acordo com o código de licitação do próprio governo? Isso mostra que nossa estrutura de estado não prima pela responsabilidade e pela accountability. O Contas Abertas, por exemplo, é justamente para abrir o segredo dos cofres para o cidadão. Vou contar uma anedota verdadeira que aconteceu no século XVII, período absolutista. A burguesia queria que o rei prestasse contas do que tinha no cofre, porque ele queria aumentar os impostos. O clero na época deu o seguinte juízo: os cofres eram como santíssimo sacramento, só poderia abri-lo quem era ordenado pra isso. No Brasil, é mais ou menos isso. O fato de ter a maior empresa do país com as contas praticamente fechadas levou a esse descaso.

A Polícia Federal acabou de fechar as conta dos envolvidos no Cartel do Metrô de São Paulo. Foram 33 indiciados, incluindo o presidente e o diretor de operações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Segundo a PF, os crimes foram praticados durante dez anos, de 1998 a 2008. Desviaram-se R$ 834 milhões. Geraldo Alkmin e José Serra foram governadores na época. Assim como Lula e Dilma afirmam que não sabiam do Mensalão e dos esquemas da Petrobras, os pessedebistas também falam que não sabem de nada. É possível casos tão grandes de corrupção, com volume enorme de recursos desviados, não chegar ao poder executivo?
O que aconteceu no Brasil é que não se baniu de vez o costume instaurado no Império da irresponsabilidade do chefe-de-Estado. Na prática, a responsabilização não funciona, porque o presidente da República goza dos mesmos benefícios que o imperadores tinham. Isso foi elaborado na nossa história política e marca nossa estrutura de Estado, fazendo com que ela seja pouco republicana. Muitos juristas falam que a República brasileira é uma República imperial.
TN

MP de Contas investiga falta de dinheiro para pagar salários do Governo Rosalba Ciarlini

Procurador-geral cobra explicações após a notícia que Estado precisa de R$ 150 milhões para pagar folha

A equipe de finanças da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) anunciou, em novembro, que deixaria paga “quase todas as dívidas” da atual gestão. Na semana passada, no entanto, a surpresa: faltam R$ 150 milhões, até, para pagar a folha salarial de dezembro e o funcionalismo não sabe “como” (ou “se”) vai receber. Diante disso, o Ministério Público de Contas, que já vinha apurando os seguidos atrasos no pagamento, decidiu instaurar um procedimento preparatório exclusivo para investigar esta nova situação de crise e se o Governo tentou ou não evitá-la, tomando medidas de corte de gastos com comissionados e contratos.
Em comunicado a imprensa na manhã de hoje, o procurador-geral do MP de Contas, Luciano Ramos, informou que o procedimento preparatório é baseado nas “notícias de atraso no pagamento da folha do funcionalismo público estadual no mês de dezembro de 2014, com objetivo de ter informações sobre os motivos da ausência de possibilidade fática de realização do pagamento tempestivo dos vencimentos dos servidores públicos estaduais e se as medidas determinadas, de forma geral e abstrata, por meio do Decreto nº 23.627, de 2 de agosto de 2013 – que estabelece medidas de contenção de despesas públicas no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta Estadual – foram devidamente implementadas concretamente, entre outras questões”.
Para a análise do caso e ciente que faltam menos de 15 dias para a atual gestão acabar, Luciano Ramos estabeleceu o curto prazo de apenas cinco dias para o encaminhamento das referidas razões e documentos, por parte do secretário estadual de Planejamento e Finanças, Obery Rodrigues, e da governadora Rosalba Ciarlini. “Desde já, fica consignado que o resultado dessa iniciativa poderá subsidiar manifestação deste parquet em procedimento fiscalizatório a ser deflagrado perante o Egrégio Tribunal de Contas do Estado, no resguardo da ordem jurídica e do fiel cumprimento dos preceitos nela estabelecidos”, acrescentou Ramos.
Alias, ressalta-se que o Tribunal de Contas do Estado já instaurou uma inspação extraordinária para apurar os atrasos salariais que a governadora e o secretário vem praticando desde setembro de 2013 – portanto, há mais de um ano.  “A prática de atrasos nos pagamentos dos servidores vem se perpetuando ao longo dos meses, persistindo no ano de 2014, o que, caso confirmada a efetiva ofensa à Lei de Responsabilidade Fiscal, aproxima o fato da doutrina pertinente ao ‘crime continuado’, o qual no âmbito desta Corte de Contas há de ser utilizada analogicamente, de maneira de a sua apuração espraie-se pelos exercícios financeiros de 2013 e 2014, inclusive com o intuito de debelar irregularidades porventura ainda em curso”, afirmou o procurador, na representação encaminhada ao Pleno do TCE pedindo a inspeção extraordinária, em janeiro do ano passado.
Nessa época, vale lembrar, dentre as várias “incongruências” constatadas pelo MP de Contas nas finanças públicas, destaque para o fato de que, mesmo diante de uma grave crise financeira e sem dinheiro para pagar a folha em dia, Rosalba Ciarlini continuou fazendo nomeações de cargo comissionados. “De acordo com breve levantamento realizado a partir de análise do Diário Oficial do Estado, inerente ao período compreendido entre 18 de setembro e 25 de outubro de 2013, continua acontecendo em grande quantidade. Foram realizadas 77 nomeações para o provimento de cargos comissionados no período”, relembrou o procurador. JH

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